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Histórico da Estrutura Metálica

Vejamos de maneira rápida os antecedentes da estrutura metálica por meio de algumas datas significativas:

Produção do Ferro
1720 – Obtenção de ferro por fundição com coque e início da produção de ferro de primeira fusão emgrandes massas.

1784 – Aperfeiçoamento dos fornos para converter ferro de primeira fusão em ferro forjável.

1864 – Introdução do forno Siemens-Martin para produção de aço.

Conformação do ferro
Meados do Séc.XVIII – Laminação de chapas de ferro.

1830 – Laminação dos primeiros trilhos de trem.

1854 – Laminação dos primeiros perfis I sendo feita a primeira normalização de um material utilizado na construção civil.

Utilização do ferro
1779 – Primeira obra importante de ferro, ponte sobre o Severn em Coalbrookdale, na Inglaterra,projetada por Abraham Darby com vão de 30m.
Começo do Séc.XIX – Utilização de cabos em pontes.

1801 – Primeiro edifício industrial em ferro em Manchester.

1850 – Alcançou-se 300m de vão com ponte a cabo.

1851 – Início da utilização do ferro em grandes coberturas (naves); Palácio de Cristal em
Londres,projetado por Joseph Paxton.

1852 – Estações ferroviárias de Paddington (Londres).

1853 – Mercado Central do Halles (Paris).

1855 – Primeira ponte de grande vão com vigas.

1862 – Estações ferroviárias do Norte (Paris)

1866 – Construção de uma cobertura em Londres com 78m de vão.

1868 a 1874 – Ponte em aço sobre o Rio Mississipi em St. Louis, projetada por Eads, com 3 arcos treliçados, tendo o maior deles 159m de vão.

1875 – Palácio de Cristal (Petrópolis).

1879 – Edifício Leiter I, construído pela “Escola de Chicago”.

1883 – Ponte de Brooklyn (New York), pensil com 487m de vão.

1890 – Ponte sobre o “Firth of Forth” (Escócia) em balanço duplo treliçado, com vão central de521m.

1894 – Edifício Reliance construído pela “Escola de Chicago”.

1901 – Estação da Luz (São Paulo); Mercado do Ver-0-Peso (Belém); Estação Ferroviária de Bananal (Bananal).

1910 – Teatro José de Alencar (Fortaleza).

1910 a 1913 – Viaduto Santa Efigênia construído com estrutura belga, com 225m de comprimento vencidos por três arcos.

Na década de 30 – Edifício Chrysler e o Empire State (110 andares) ambos em Nova York.

Como se pode notar pelas datas acima, o emprego do ferro a princípio estava restrito a pontes, porém, mais tarde, com o advento da revolução industrial, começou-se a generalizar o uso do aço, exceto para residências.

A utilização do ferro foi um fator importante no distanciamento entre os engenheiros e os arquitetos da época, pois a construção com arquitetura classicista era muito conservadora em relação à explosão da revolução industrial.

A comparação das palavras Hábito e Habitação é uma boa ilustração do conservadorismo que sempre reinou na construção.

Uma das maiores ajudas que o ferro recebeu no final do Séc.XIX para se estabelecer, inclusive em residências, foi o encarecimento da matéria prima e da mão-de-obra para estruturas de madeira e o estabelecimento de normas contra incêndios mais rígidas, sem falar na possibilidade de melhor aproveitamento dos espaços com maiores vãos.

A Escola de Chicago
Chicago, depois da quase completa destruição pelo incêndio de 1871, teve um período de auge na construção, principalmente com a chegada das estradas de ferro, que transformaram a cidade num dos maiores mercados do mundo para o trigo, alimentação, máquinas e ferramentas.

Para suprir tão grande e rápido crescimento da cidade, a única maneira de satisfazer as exigências do mercado era a verticalização com estrutura metálica, tanto pela a resistência ao fogo, como pela maior resistência estrutural e pelo maior aproveitamento dos espaços com grandes vãos.

Em 1895 o novo método já era corrente em todos os Estados Unidos, a exemplo de Chicago, o que foi ainda mais facilitado com a invenção do elevador por E.G. Otis.

A Escola Européia: França, Bélgica e Suíça
A França sempre esteve junto com a Inglaterra nos avanços do uso do ferro e do aço, principalmente no aspecto relativo a pontes onde se destacou Gustave Eiffel. Depois de uma série de exposições universais de tecnologia em Paris, o ferro passou a ter um papel muito importante. A Torre Eiffel, que foi um símbolo criado para a exposição de 1889, apesar da grande polêmica que causou, abriu caminho para outras obras, inclusive algumas grandes e discutíveis como um arco tri-articulado de 110m de vão na Galeria das Máquinas em Paris.
Com a Primeira Grande Guerra a Europa mergulhou num mar de retrocessos e conservadorismos, dificultando o uso do aço e facilitando o desenvolvimento dos conceitos de uso de concreto armado, sendo Perret e Garnier dois de seus precursores. Mesmo com este retrocesso, ainda foi possível, graças a Le Corbusier, manter a estrutura metálica viva e competitiva na Europa.

A Indústria Siderúrgica no Brasil
Somente após a 2a. Guerra Mundial com a construção da Usina de Volta Redonda no Rio de Janeiro, a Indústria Siderúrgica implantou-se de fato no Brasil.

Datam das décadas de 50/60 alguns bons exemplos de obras em estrutura de aço no Brasil, tais como o Edifício Avenida Central no Rio de Janeiro, com 34 andares e o Viaduto Rodoviário sobre a BR-116, em Volta Redonda.

Obras atuais construídas no Estado de São Paulo, que merecem destaque são a Estação do Largo 13 de Maio, da FEPASA, as pontes vicinais construídas pelo Governo Estadual, as construções padronizadas de interesse social (creches, por uso comercial ou habitacional), construídos não só na Capital, como também no interior, além, é claro, de inúmeras obras industriais.

Autor:
Escritório Técnico Carlos Freire